A JANGADA

Quando olho da minha janela, essa linda embarcação, eu me ponho a perguntar de onde vens e para onde vais, quem tu traz e quem levas, e o que fazem quantas são, tudo isso são curiosidades de uma jovem garota que começa a entender o mundo ao seu redor. Essas pessoas que vivem a viajar por esse lago, o que eles fazem,quem são eles, eles tem filhos,tem pais, mães, tem irmãos. Por que este barco viaja tantas vezes por dia, será apenas um barco ou terá mais de um. Acho que vou até o cais para saber melhor, ah! pena que eu não possa ir sozinha, tenho que sair para longe em companhia de um adulto, por que ainda sou uma garota a descobrir os mistérios da vida, minha tia acha muito engraçado quando eu falo mistério, porque tudo parece um mistério para mim, quando eu vou na casa da Dinda, eu acho tão longe, e quando ela vem me buscar na carroça, eu acho bem perto, ela faz um bolo de frutas que fica tão delicioso que derrete na boca, e bebemos um refresco que explodi as bolinhas na bochechas, ele é muito bom que faz cosquinha, eu gosto muito de tudo isso, do chá com torradas, que tia Ana faz, do cachorro que tem o nome de Aquidabam, que vive no portão da minha casa, do passarinho que ela deu o nome de Rodolpho, e é com PH, senão ela diz que não tem graça, são tantas coisas que eu acho muito legal.
Gosto muito quando o meu pai vai na feira comprar peixe, por que no mar e no rio eles estão vivos e ficam pulando, e quando papai traz da feira, eu coloco dentro do balde com água e eles não pulam, eu achei isso um mistério só que ninguém nunca tinha me falado, que os da feira eles estão mortos, até  que um dia a Suzi me disse, Ada esses peixes estão mortos, por isso que eles não estão mais nadando, agora só me resta ir para panela para o nosso almoço.
Enquanto elas faziam o peixe para o almoço eu fui até a janela e fiquei olhando aquela linda jangada a deslizar pelo rio, era muito lindo aquele barquinho no meio daquela imensidão de água.






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