De Águas e de Flores
Newton Baiandeira
Permanente é o som das águas em minha
mente a repetir refrões aos meus ouvidos.
Sou eu e só em cantares encharcados.
Lavo-me à chuva de sons das águas que
sobem, descem, vêm e vão.
Tal qual é o perfume das flores que se dão
ao meu olfato e, próximo ato, se fecham em
minha memória.
Sou só cheirar fragrâncias do tempo, raros
olores de vida em canteiros, alma toda em
jardins.
Enfim, quis-me ser como a flor que pacifica
Como o rio que passa e fica ao sempre cantar.
Dou-me às águas, seu líquido cantar a penetrar-me
ouvidos, lavar-me alma.
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